A jornada de Felix Bonfim e a criação da PureSafe, em aliança estratégica com a ABENUTRI, ilustra uma mudança de um modelo reativo de fiscalização para um ecossistema proativo de certificação que está redefinindo a confiança do consumidor e o futuro da indústria.
Por: Evelyn Gambi | Publicado em 13 de Julho de 2025
Entre rótulos com promessas audaciosas e a incerteza do consumidor…
O mercado de suplementos alimentares, uma indústria multibilionária, há muito navega em águas turvas de desconfiança. Entre rótulos com promessas audaciosas e a incerteza do consumidor sobre a veracidade do conteúdo, a pergunta “Será que este produto é realmente o que diz ser?” tornou-se um mantra silencioso no momento da compra. Nesse cenário, uma mudança de paradigma silenciosa, porém poderosa, está em curso, e ela começou não com uma regulamentação governamental, mas com a iniciativa de um indivíduo.
Felix Bonfim, um nome que se tornou sinônimo de fiscalização independente no setor, iniciou um trabalho disruptivo: comprar produtos aleatoriamente no mercado e submetê-los a análises laboratoriais, expondo publicamente os resultados. Seu serviço, aclamado por consumidores e lojistas ávidos por informação, rapidamente se tornou um termômetro de qualidade. No entanto, esse modelo de “cão de guarda” do mercado, embora eficaz em sua missão inicial, encontrou barreiras significativas. O alto custo dos processos e, principalmente, uma avalanche de contestações legais e liminares por parte de empresas expostas, tornaram a operação insustentável a longo prazo.
Era evidente que, para gerar uma mudança duradoura, a estratégia precisava evoluir. A questão não era mais apenas “Como expor os maus players?”, mas sim “Como criar um sistema que recompense e eleve os bons players?”.
Foi dessa necessidade estratégica que nasceu a PureSafe.
Em uma aliança com o próprio Felix Bonfim e com o respaldo institucional da ABENUTRI (Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais), a PureSafe representa uma inversão fundamental na lógica do mercado. A abordagem reativa de “caçar” produtos fraudulentos foi substituída por um modelo proativo e colaborativo de certificação.
A nova dinâmica é clara: em vez de serem alvos de uma fiscalização surpresa e reativa, as empresas agora procuram voluntariamente a PureSafe para terem seus processos e produtos validados. O serviço não analisa um produto que a empresa envia, mas sim um que a própria PureSafe compra de forma anônima e aleatória no varejo, mantendo a isenção e a credibilidade do processo original de Bonfim.
As marcas que são aprovadas recebem o direito de usar o selo PureSafe em suas embalagens, um ativo de marketing instantâneo que comunica confiança. Mais do que isso, elas incorporam um QR Code no rótulo. Com um simples scan de celular, o consumidor é transportado do ponto de venda físico para uma página digital com o histórico completo de análises daquele suplemento.
Essa ferramenta inverte a dinâmica de poder. O consumidor não precisa mais confiar cegamente na marca; ele tem o poder da verificação na palma da mão. Para o lojista, significa ter a segurança de recomendar um produto cuja qualidade não é apenas prometida, mas comprovada e acessível.
O sucesso dessa abordagem reside na psicologia do novo consumidor: ele não quer apenas evitar ser enganado, ele quer escolher ativamente a transparência. A preferência por produtos com o selo PureSafe não é apenas uma escolha por um produto, mas um voto de confiança em um ecossistema que valoriza a honestidade.
Em suma, a PureSafe, Felix Bonfim e a ABENUTRI não estão mais apenas apontando quem está errado. Eles estão criando um caminho claro e iluminado para os consumidores e lojistas encontrarem quem, de fato, não tem nada a esconder, transformando a transparência na mais valiosa moeda do setor.reputação em resultado.
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